terça-feira, 4 de maio de 2021

Covid-19

 São muitos. Até já fazendo aniversário de morte. 

São distantes, próximos, famosos, desconhecidos, crianças, adultos, idosos. 

São muitos. Muitas.

Vítimas.

Pessoas deixando suas famílias tão cedo. E, algumas vezes, com uma dívida hospitalar impagável, embora sabemos que o hospital vai cobrar mesmo assim.

Vítimas de quem? 

Do vírus também, mas principalmente da sociedade em que vivemos. Dos governantes que colocamos no poder. Do negacionismo. Das fake news. Do individualismo. Do capitalismo. 

Estamos cansados, fragilizados, separados. Anestesiados, parece. 

Não há horizonte de fim, embora a chegada da vacina tenha trazido alguma esperança. 

É urgente aprender a lição. É urgente entender que estamos todos conectados e, enquanto todos não tiverem uma vida digna, ninguém terá. 

Precisamos cuidar uns dos outros e todos da natureza, que se comprova soberana. 

É hora de enxergar todos os condicionamentos a que fomos submetidos para acreditar que só existe uma forma de existir, que, claramente, está dando muito errado.  

É hora de nos libertarmos para tentar salvar o que ainda nos resta. 

É hora de conceber e buscar uma existência mais digna, que valoriza o coletivo e a diversidade. A natureza é assim e nós, querendo padronizar os seres humanos, estamos acabando com tudo.