segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

Feliz Natal!!!

2011 está chegando ao fim, foi um ano de muitas mudanças para nós! Completamos três meses morando em Guelph (o Carlos veio antes, mas comecei a contar a partir da minha chegada, hehehe)! Desde que chegamos, cada dia uma paisagem diferente - sem exagero! - vocês podem conferir na sequencia abaixo, que mostra a vista da nossa janela desde que chegamos até hoje:

Nossa vista quando chegamos







Nossa vista hoje

Antes de todas aquelas folhas da primeira foto caírem, elas mudaram de cor: vermelho, alaranjado e amarelo, numa mistura que cada dia era diferente. Nós ficamos tão envolvidos em contemplar, que não tiramos nenhuma foto, mas aguardem o ano que vem! Ou venham nos visitar em agosto/outubro.

Para 2012, desejamos a todos muitas realizações, prosperidade e muitas alegrias! Que a vida seja mais leve e feliz! Que nós cultivemos somente pensamentos positivos e sentimentos bons! Bebam mais água, façam algum esporte (uma caminhada já vale!) e comam mais saudavelmente! Cuidem-se! E venham nos visitar! =)

Feliz natal a todos!



Saudade imensa!
Lia e Carlos






quarta-feira, 30 de novembro de 2011

Jantar (quase) perfeito

Carlos e eu resolvemos nos socializar mais!

Desde que as aulas começaram (desde que cheguei), nossa rotina escolar está bem agitada! O Carlos está fazendo quatro disciplinas este semestre (o que é considerado quase loucura, pois cada uma demanda muito tempo) e eu estou fazendo duas e mais trabalho de campo duas vezes por semana. Passamos grande parte do dia estudando, cada um na sua sala, sem muita interação com outras pessoas. 

Para mudar este cenário, resolvemos convidar um casal de alemães para jantarem aqui em casa no sábado passado. A menina, Elke, é do meu grupo de pesquisa e também da nossa classe de MATLAB, um curso que estamos, Carlos e eu, fazendo juntos. O marido dela, Ingo, terminou mestrado em computação na Alemanha, veio acompanha-la e está fazendo várias entrevistas de emprego por aqui. Eles são super simpáticos e nutrem um carinho enorme pelo Brasil e pelos brasileiros. Já estiveram no Paraná, visitando uma amiga brasileira que conheceram na Alemanha.

Eu, que estou curtindo muito nosso apartamento, fiquei animada em oferecer um jantar para os novos amigos! Passei a semana bolando o cardápio, a seleção das músicas para deixar um som ambiente agradável, pensando no forro de mesa que eu ia colocar, enfim, me divertindo com a ideia! Na sexta-feira, lavei todas as roupas sujas - 4 máquinas, é bom que se diga! No sábado, acordamos cedo, demos uma super faxina na casa, saímos para fazer as compras e chegamos das compras 1 hora antes do horário marcado para o jantar, 6 pm.

A casa estava um brinco! Tudo perfeito! Resolvi, então, fazer um pudim de sobremesa, pois eles haviam comentado que comeram - e adoraram - pudim quando estiveram no Brasil. O único problema é que não temos a forma para pudim aqui e eu inventei de fazer numa forma de vidro. Até aí, tudo bem! Mas eu queria perfeito! Com a calda derretendo por cima do pudim quando ele estivesse pronto... Então, resolvi derreter o açucar na forma. Tudo indo bem até que... BUM! A forma explode, voando açucar queimado e caco de vidro por todos os cantos da casa! Muito assustador!!!

Fiquei em estado de choque, bombardeada por cacos de vidro. Minha mão, braço e rosto cheios de pontinhos de sangue e alguns caquinhos penetrados na pele! O fogão, um desastre! O vidro colou no fogão com o açucar queimado de um jeito que parecia que nunca mais sairia. E o relógio trabalhando... tic tac tic tac, 20 minutos para a chegada dos convidados!

Foram momentos de tensão e trabalho! O Carlos magicamente limpou a cena do crime enquanto eu me desabava de chorar no banho, tirando os caquinhos do corpo. Minutos antes deles chegarem nós ainda encontrávamos cacos de vidros pela casa e marcas de sangue pela cozinha.

Abrimos uma cerveja, nós dois, e começamos "os trabalhos"! Quando eles chegaram, a casa estava novamente um brinco - com alguns brilhantes de caquinhos, que ainda encontramos até hoje!

Foi um sucesso, apesar do ocorrido!

Aqui as fotos para registrar:



E fica a lição pra quem, como eu, não sabia (ou nunca parou para pensar no assunto):

Forma de vidro NÃO PODE ir ao fogo!!!


quinta-feira, 30 de junho de 2011

Uma imagem vale mais que mil palavras

Como já percebi que não terei tempo de escrever um post sobre cada experiência que tivemos aqui, decidi publicar fotos, que contam a história...

Um belo fim de dia no pátio do prédio do Marcelão, conversa boa, uvas e degustação de cerveja.

Volta de um dos jogos da final do campeonato de Hockey.
Da esquerda para direita: Marcelo, Vítor, Lia  e Carlos 


Um dia de flores na Universidade de Guelph.











Dia de reunião de trabalho (Marcelo, Carlos e Lia), grande final do campeonato de Hockey (Canucks x Boston) no bar (tradição!) e tour noturno pela universidade no caminho de volta pra casa.
Ata da reunião 
Petiscos leves, como podem ver... rs


Um cara de bom gosto!

Fim de noite estudantil: checamos o que há de novidade na biblioteca

Fim de semana incrível em Toronto! Teve IMAX, piscina, festa e almoço indiano!
Carlos, prevendo a comilança que viria pela frente, se preparou fisicamente com 100 metros rasos


Máquina de pão!!! Presente mais que especial e extremamente útil! 

O resultado:



Arraiá do Avelino e Perla - SENSACIONAL!!! Com direito a roda de samba, salsa e música dos anos 80... Êeeeeeeeee saudade!!! Nem no Ó do Borogodó eu dançava tanto!

ô lindura!

Jardim na Universidade de Waterloo.
Olhem isso!!!
Vale a pena aproximar... Tudo de verdade! Juro!




 Festival multicultural.

O predio da engenharia da UW. Totalmente integrado na natureza, por dentro e por fora. Ponto turístico para nossos futuros visitantes, com certeza!

The book is on the table

Acabei de chegar do encontro com a Steph.

Quem???

Steph é uma aluna de mestrado da Universidade de Guelph.   O Departamento de Gestão de Resíduos da Escola de Engenharia está contratando professor e uma das etapas do processo de avaliação dos candidatos é apresentar uma aula sobre um tema escolhido pelo próprio candidato. A aula é avaliada pelo comitê julgador (que inclui chefe do departamento, professores e alunos) e aberta a todos os interessados. Nós, interessados, estávamos lá. Era, afinal, uma boa oportunidade de networking para mim.

Quando chegamos, minutos antes do horário marcado, as pessoas já estavam sentadas e o candidato, a postos, esperando o horário exato para começar. A porta de entrada era na frente da sala, de modo que fomos notados por todos. Humildemente, nos dirigimos para o fundo, na esperança de não chamar tanta atenção assim.... Em vão! Assim que sentamos, todos continuavam a nos olhar e esta menina, a “Steph, by the way”, disse para nos apresentarmos para todos. Que beleza!!!

Eu, que em português provavelmente teria até gostado da oportunidade, apesar de sempre ficar um pouco nervosa nessas horas, comecei a suar frio! Porém, fui salva pelo gongo, ou melhor, pelo Carlos! Ele nos apresentou e falou bonito na frente de todos, enquanto eu sorria levemente e balançava a cabeça, como quem diz “Isso mesmo. Muito prazer, pessoal!”.  Me enchi de orgulho... e alívio!

Bom, foi assim que fizemos nosso primeiro contato com as pessoas da “minha área” na Universidade de Guelph. Peguei o email da Steph e marquei um encontro para perguntar sobre os professores, sobre o programa de pós-graduação da universidade e outras coisas...

Fiz uma listinha antes do nosso encontro com o nome de todos os professores que trabalhavam com assuntos que me interessavam e lá fui eu, super nervosa, ao meu primeiro encontro em inglês! Frio na barriga!

Como vocês bem sabem, eu sou extremamente insegura! Não sou uma insegura conformada, tento mudar esse jeito e acho que tenho feito progresso, mas por mais que me digam – e continuem me dizendo, por favor! – que eu sou capaz, tenho, no fundo, muita dúvida!

Tem sido assim com o meu inglês... Por mais que a Lete, o Marcelo e o Carlos digam que sei conversar em inglês, me sinto um índio falando, terrível! A ideia de marcar um encontro com alguém que não fala português para conversar sobre trabalho, me deixou extremamente desconfortável. Minutos antes, mandei um email para Lete desabafando meu nervosismo e ela respondeu prontamente (e exatamente) assim:

“Lia, poe uma coisa na sua cabeca.... o seu ingles eh otimo.....fluencia se consegue com o tempo e pratica e vc acabou de chegar mas acredite, um dia vc vai olhar pra tras e dizer... a Lete tava certa. Depois, o que interessa mesmo eh o topico de seu trabalho e isso quase ninguem sabe o quanto vc sabe."

Foram essas palavras que fui repetindo na minha cabeça até o café, onde marcamos o encontro.

Cheguei 10 minutos antes e fiquei na porta esperando. Quando a Steph apareceu fui ao encontro dela (sentido oposto à entrada do café) no impulso brasileiro de dar um abraço ou o tradicional beijinho do rosto. Ela parou, fez uma cara de espanto e apontou para a porta, antes que eu chegasse muito perto. Lembrei-me de que estava no Canadá, virei as costas, e entrei no café sem nenhum toque físico de cumprimento.

O desenrolar do encontro foi ótimo!

Ela foi super legal, didática e respondeu todas as minhas perguntas com detalhes e sempre perguntando se estava tudo esclarecido antes de partir para o próximo passo. Achei isso engraçado. Eu levei a lista com nomes dos professores e cada vez que terminava de falar sobre um, antes de começar a falar do próximo, ela perguntava:

“Mais alguma pergunta sobre este professor?”, “Tem certeza?”

Antes de virar a página do meu caderninho, ela perguntou:

“Mais alguma coisa sobre os professores desta página?”

Do tipo, vamos manter a disciplina. Pergunte agora ou cale-se para sempre. Claro que não era exatamente assim, mas eu senti uma necessidade de manter a ordem dos assuntos, sem avacalhar o raciocínio. Respeitei. J

Achei muito legal que ela disse que não teve nenhum problema em me entender, que tem alunos na universidade que não falam inglês como eu e que eu estava super preparada para conversar com os professores, sim.

Apertamos as mãos na despedida e fomos cada uma para seu lado!

Foi ótimo e estou muito mais confiante de que tudo vai dar certo! Passei por momentos de nervosismo, mas terminou tudo muito bem. Até percebi que melhorei minha postura no caminho de volta à biblioteca.

Vamos que vamos, que a luta continua!!!!



quarta-feira, 1 de junho de 2011

Welcome to Guelph

Guelph, 30/5/2011

Nosso primeiro dia na Universidade de Guelph! Eu, encantada, queria tirar foto de tudo! O Carlos, comedido, me apelidou carinhosamente de 'Japa-brasileira'. hehehe

Fomos recebidos - posso dizer que calorosamente - por ninguém menos que John Cherry, um renomado hidrogeólogo no mundo! Ele, que para mim até aquele dia era um nome - dos mais importantes, há de se destacar - na bibliografia da área, estava ali gastando parte de seu tempo com a gente! Nos poucos minutos de conversa, fez observações importantes sobre o tema do meu mestrado, deu dicas sobre o começo de vida na cidade e, para mim, o dia já teria valido o suficiente se acabasse ali. 

Conheci a orientadora do Carlos, que foi igualmente atenciosa e simpática. Depois, fomos apresentados a todas as pessoas do grupo de pesquisa, ao laboratório, salas e à mesa do Carlos. Todos muito simpáticos e tudo extremamente organizado! Ele já tem uma mesinha separada, limpinha!

Não posso deixar de comentar que o Carlos já estava mais que integrado e é super querido por todos aqui! Assim que chegamos em Waterloo, ele encontrou um amigo na rua. Em Guelph, antes mesmo de chegarmos na sala da Beth Parker (orientadora dele), ele já encontrou um outro amigo, o Nickie, que nos ajudou muito este dia!

Também preciso destacar o sucesso do Marcelão por essas bandas! Quando digo que sou irmã dele, não há quem não faça elogios ao meu irmão! Do faxineiro do prédio ao papa da hidrogeologia, TODOS adoram o Marcelo! Também pudera, né! Eles me falando o quanto o Marcelo é bom aluno, boa pessoa, inteligente... e eu assim "eu já sabia!". Que orgulho!

Vejam as fotos desse primeiro dia!


Entrada de Guelph vista do busão

Waterloo fica a 30 km de Guelph, onde vamos estudar, mas a viagem de ônibus demora uma hora! Tudo bem que você sabe exatamente a hora que chegará lá, o ônibus aqui tem precisão de minutos, mas mesmo assim é cansativo para ir todos os dias. Vamos, definitivamente, morar em Guelph. Estamos procurando casas lá.

A programação da nossa ida foi bem interessante! No domingo a noite, dia em que chegamos, fomos até o Student Centre, que fica aberto 24h, pegamos a tabela com os horários dos ônibus para o Charles Terminal, em Kitchener, e, de lá, para Guelph, e compramos as passagens - que são válidas para o dia, com horários flexiveis. Fizemos as contas e sabíamos que teríamos que pegar o busão das 7:48. 

Na segunda-feira, tomamos um típico café da manhã canadense no Tim Hortons e o Marcelo nos acompanhou até o ponto. Eu disse que ele podia ir, mas ele olhou no relógio - eram 7:45 - e disse, "não, vou esperar com vocês, já vai passar". Dito e feito, às 7:48, estávamos dentro do busão! :)

Bom, voltando às fotos...


Be part of the solution - adorei!!!!

Sustainability starts here - Guelph Engineering  - AMEI!

Carlos no campus - detalhe para as bicicletas!



Nickie, amigo que nos ajudou muito este dia

First day :)