...andar bonito e um brilho no olhar
Tem um jeito adolescente que me faz enlouquecer
E um molejo que eu não vou te enganar"
Carol entrou na minha vida num domingo ensolarado pós-eleições pra presidente em 2004. Já chegou fazendo festa, aliás, acho que tinha mesmo que nascer em época de carnaval. Maria Carolina, Carol, é como o carnaval: acolhedora, democrática, avassaladora, linda, colorida e intensa.
Foi dia 25, eu sei bem, mas sei também que nunca é tarde para comemorar o amor, a amizade e a alegria.
Parceira de tantas aventuras que já perdi a conta. Companheira na farra e na dor. É irmã. Irmã-mãe, eu diria. Chama atenção quando acha que tem que chamar, mas respeita nossas escolhas. É amor incondicional isso, né?! Ela pratica a aceitação completa do outro, sem exigir que ele seja diferente do que é. Isso, minha gente, por si só, já a coloca num patamar de evolução acima de quase todos nós.
Estar perto da Carol é tão agradável, mas tão agradável, que ela naturalmente se tornou parte de todas as minhas turmas. A turma do prédio, da faculdade, do basquete, do samba, de Goiânia, do parque... sabem quem, além de mim, pertence a todas elas?! A Carol.
Amiga linda, obrigada por tantas aventuras, por tanto companheirismo! Obrigada por tanta coisa boa que trouxe/traz pra minha vida, por fazer da sua família - e que família maravilhosa!, a minha. Que você continue espontânea e generosa! Que continue sendo o amor e aceitação de que o mundo tanto precisa. Você é necessária e eu sou muito grata pela nossa jornada juntas, pra sempre.
Não há distância, não há tempo que diminua meu amor por você e pelos seus! Feliz a Liz e todos que te rodeiam. Vida longa e iluminada, minha irmã.
Te amo!
quarta-feira, 27 de fevereiro de 2019
Sobre consentimento
"Ó Janaína quando estou feliz eu choro
Ó Janaína deixa eu dormir no seu colo"
Ciranda pra Janaína (Kiko Dinucci) tocava baixinho enquanto eu preparava o café da manhã. Davi, que me acompanhava, comenta:
- Se ela não querer (sic), ele tem achar outro lugar pra dormir.
- O quê, filho? - perguntei sem entender do que ele falava.
- A Janaína. Se ela não querer (sic), ele pode dormir na cama, né?!
Davi, 5 anos, sabendo mais sobre consentimento do que muito marmanjo aí.
https://www.youtube.com/watch?v=kcC25Zc9MO0
terça-feira, 26 de fevereiro de 2019
"Não se admire se um dia...
...um beija-flor invadir
a porta da sua casa
te der um beijo e partir.
Fui eu que mandei o beijo
que é pra matar meu desejo
Faz tempo que não te vejo
Ai que saudade d'ocê!"
Eu cantava e ela performava coreografia num show improvisado para minha família. Tinhamos, o quê?!, 13, 15 anos?! Não lembro. Lembro que já éramos consideradas "velhas" pra esse tipo de coisa. Mas a graça estava exatamente aí: na inocência tardia. Enquanto todo mundo se preocupava em parecer maduro, a gente se divertia com a nossa infantilidade aparente. Eu e ela, a Gabi. Gabi Tetê, Gabriela Tereza Domingues Perez Andraus. Gabi Di Caprio. Eu, Lia Reeves.
Lembro-me como se fosse hoje o dia em que ela saiu de Goiânia pra morar em El Salvador. Chorei feito a adolescente de coração partido que era. Minha irmã de alma, minha irmã gêmea partia para longe. Aquela que topava tudo sempre. A minha companheira de fazer arte e bolo - o de laranja dela era sempre o mais gostoso. A responsável pela minha primeira - e talvez única? - bronca na escola (Colégio Marista, 7 série, acho).
Gabi foi morar longe, mas continuamos a nos falar frequentemente por cartas - de papel. Depois veio o meio digital de comunicação, mas nunca fomos boas nisso, né não, Gabi?! Já ficamos anos sem nos falar, mas nossas almas nunca se afastaram. Cada vez que nos falamos -poucas vezes - é como se o tempo não tivesse passado. E acho que amizade verdadeira é assim. Apesar da idade avançando (n-n-new generation), dos filhos crescendo, da vida se tornando cada vez mais real, a gente volta sempre àquele lugar onde moram nossas crianças.
Sei que estou muito atrasada (queria ter te mandado uma mensagem de aniversário), mas sei também que não importa. Quero te dizer, Gabi, que carrego muito de você em mim. Até hoje sei sorrir do seu jeito, fazer a sua cara e sentir como me sentia quando passávamos dias e dias grudadas. Você é uma alminha tão boa!
Obrigada por existir, por fazer parte da minha família e da minha vida. Obrigada por me aceitar por inteiro e não deixar minha ausência afetar nossa amizade. Obrigada por me causar dor na barriga de tanto rir. Te amo, ou!
"Horizonte azul, vermelho
Luzes a brilhar..."
a porta da sua casa
te der um beijo e partir.
Fui eu que mandei o beijo
que é pra matar meu desejo
Faz tempo que não te vejo
Ai que saudade d'ocê!"
Eu cantava e ela performava coreografia num show improvisado para minha família. Tinhamos, o quê?!, 13, 15 anos?! Não lembro. Lembro que já éramos consideradas "velhas" pra esse tipo de coisa. Mas a graça estava exatamente aí: na inocência tardia. Enquanto todo mundo se preocupava em parecer maduro, a gente se divertia com a nossa infantilidade aparente. Eu e ela, a Gabi. Gabi Tetê, Gabriela Tereza Domingues Perez Andraus. Gabi Di Caprio. Eu, Lia Reeves.
Lembro-me como se fosse hoje o dia em que ela saiu de Goiânia pra morar em El Salvador. Chorei feito a adolescente de coração partido que era. Minha irmã de alma, minha irmã gêmea partia para longe. Aquela que topava tudo sempre. A minha companheira de fazer arte e bolo - o de laranja dela era sempre o mais gostoso. A responsável pela minha primeira - e talvez única? - bronca na escola (Colégio Marista, 7 série, acho).
Gabi foi morar longe, mas continuamos a nos falar frequentemente por cartas - de papel. Depois veio o meio digital de comunicação, mas nunca fomos boas nisso, né não, Gabi?! Já ficamos anos sem nos falar, mas nossas almas nunca se afastaram. Cada vez que nos falamos -poucas vezes - é como se o tempo não tivesse passado. E acho que amizade verdadeira é assim. Apesar da idade avançando (n-n-new generation), dos filhos crescendo, da vida se tornando cada vez mais real, a gente volta sempre àquele lugar onde moram nossas crianças.
Sei que estou muito atrasada (queria ter te mandado uma mensagem de aniversário), mas sei também que não importa. Quero te dizer, Gabi, que carrego muito de você em mim. Até hoje sei sorrir do seu jeito, fazer a sua cara e sentir como me sentia quando passávamos dias e dias grudadas. Você é uma alminha tão boa!
Obrigada por existir, por fazer parte da minha família e da minha vida. Obrigada por me aceitar por inteiro e não deixar minha ausência afetar nossa amizade. Obrigada por me causar dor na barriga de tanto rir. Te amo, ou!
"Horizonte azul, vermelho
Luzes a brilhar..."
Assinar:
Postagens (Atom)