Começo esse ano verdadeiramente animada! Tenho consciência dos desafios que tenho pela frente, sei que terei que trabalhar intensamente pra dar conta de todos eles, mas estou otimista!
O ano de 2016 foi, pra mim, transformador. Não terminei o doutorado nele, como tinha inicialmente programado, mas evoluí de forma significativa em pontos cruciais do desenvolvimento pessoal. Foi um ano difícil para o mundo, muitas tragédias, injustiças e perdas. Coisas boas também aconteceram, claro, mas o balanço, pelo menos para o Brasil, acho que foi negativo. Eu diria que o mal venceu no Brasil em 2016.
Aqui, em mim, o bem venceu de longe. Tive a perda dolorida de dois familiares muito próximos: vovô e Roberto e tive a depressão pós-parto, mas acho que por causa dessas experiências ruins, cresci. Foi a tempestade que me fez florescer de uma forma definitiva e vou explicar com uma analogia que faz muito sentido pra mim.
É como se antes eu morasse numa caverna e achava que o mundo era aquilo ali. Eu simplesmente não via muito dos meus problemas, não reconhecia que tinha problemas importantes. Com a aceitação de que eu estava com depressão, me vi fora da caverna, olhando para uma montanha. Eu teria, agora, que escalar a montanha. O ponto crucial aqui é: uma vez avistada a montanha, nunca se volta para o ponto em que se vivia na caverna como se aquilo fosse tudo. Pode-se até entrar na caverna novamente, mas a consciência de que existe todo um morro acima existe para sempre.
Tratar a depressão é como escalar uma montanha e a cura está no topo dela. Vamos bravamente escalando em direção ao topo. Muitas vezes escorregamos e descemos um pouco, ou muito, mas sempre olhando pra cima e voltando a escalar. Esse processo de instabilidade emocional, me fez valorizar muito a minha sanidade mental e as pequenas coisas que temos por certas, mas que, de repente, podem deixar de acontecer ou existir. Valorizo cada dia bom e isso é um aprendizado. O conceito de dia bom mudou também. Antes eu tinha uma exigência enorme para considerar um dia bom. Hoje sei reconhecer coisas boas todos os dias. E as valorizo.
Hoje sou mais tolerante comigo. Menos exigente. Sei reconhecer a divindade/completude em mim ao mesmo tempo em que sei que tenho muito a evoluir.
Entendi, realmente, que somos todos partes de um mesmo ser e que os outros são nossos espelhos. As relações são oportunidades de reconhecimento e evolução pessoal. E que o amor é a energia que nos unifica.
Me despeço de 2016 com gratidão e recebo 2017 com entusiasmo!
Namastê!
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