segunda-feira, 2 de janeiro de 2017

2017

Começo esse ano verdadeiramente animada! Tenho consciência dos desafios que tenho pela frente, sei que terei que trabalhar intensamente pra dar conta de todos eles, mas estou otimista!

O ano de 2016 foi, pra mim, transformador. Não terminei o doutorado nele, como tinha inicialmente programado, mas evoluí de forma significativa em pontos cruciais do desenvolvimento pessoal. Foi um ano difícil para o mundo, muitas tragédias, injustiças e perdas. Coisas boas também aconteceram, claro, mas o balanço, pelo menos para o Brasil, acho que foi negativo. Eu diria que o mal venceu no Brasil em 2016.

Aqui, em mim, o bem venceu de longe.  Tive a perda dolorida de dois familiares muito próximos: vovô e Roberto e tive a depressão pós-parto, mas acho que por causa dessas experiências ruins, cresci. Foi a tempestade que me fez florescer de uma forma definitiva e vou explicar com uma analogia que faz muito sentido pra mim.

É como se antes eu morasse numa caverna e achava que o mundo era aquilo ali. Eu simplesmente não via muito dos meus problemas, não reconhecia que tinha problemas importantes. Com a aceitação de que eu estava com depressão, me vi fora da caverna, olhando para uma montanha. Eu teria, agora, que escalar a montanha. O ponto crucial aqui é: uma vez avistada a montanha, nunca se volta para o ponto em que se vivia na caverna como se aquilo fosse tudo. Pode-se até entrar na caverna novamente, mas a consciência de que existe todo um morro acima existe para sempre.

Tratar a depressão é como escalar uma montanha e a cura está no topo dela. Vamos bravamente escalando em direção ao topo. Muitas vezes escorregamos e descemos um pouco, ou muito, mas sempre olhando pra cima e voltando a escalar. Esse processo de instabilidade emocional, me fez valorizar muito a minha sanidade mental e as pequenas coisas que temos por certas, mas que, de repente, podem deixar de acontecer ou existir. Valorizo cada dia bom e isso é um aprendizado. O conceito de dia bom mudou também. Antes eu tinha uma exigência enorme para considerar um dia bom. Hoje sei reconhecer coisas boas todos os dias. E as valorizo.

Hoje sou mais tolerante comigo. Menos exigente. Sei reconhecer a divindade/completude em mim ao mesmo tempo em que sei que tenho muito a evoluir.

Entendi, realmente, que somos todos partes de um mesmo ser e que os outros são nossos espelhos. As relações são oportunidades de reconhecimento e evolução pessoal. E que o amor é a energia que nos unifica.

Me despeço de 2016 com gratidão e recebo 2017 com entusiasmo!

Namastê!


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